Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca

Por ocasião do Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca, 17 de junho, que assinala também quatro anos do trágico incêndio florestal de Pedrógão Grande, a Quercus lançou um comunicado em que lamenta que pouco tenha mudado na recuperação dos solos e da Floresta Autóctone em Portugal, e no qual exige um reforço do investimento público para combater a seca e a degradação dos ecossistemas.
Em 2021, a chamada de atenção por parte da ONU centra-se no propósito de transformar solos degradados em solos saudáveis. Por outro lado, a Assembleia Geral das Nações Unidas, decidiu também, através da sua Resolução nº 73/284, proclamar 2021-2030 como a Década das Nações Unidas para a recuperação dos Ecossistemas.
A Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca diz que 71 milhões de postos de trabalho podem ser criados até 2030, se conseguirmos cumprir os ODS - Objetivos de Desenvolvimento Sustentável fixados pela ONU na área da Alimentação e da Agricultura Sustentável.
No ODS 15 "Proteger a Vida Terrestre", entre as metas definidas refere que até 2030, deve ser combatida a desertificação, restaurar a terra e o solo degradados, incluindo terrenos afetados pela desertificação, secas e inundações, e lutar para alcançar um mundo neutro em termos de degradação do solo.
A nível global, segundo as Nações Unidas, devido às secas e desertificação, 12 milhões de hectares são perdido todos os anos (a um ritmo de 23 hectares por minuto).
Segundo o Programa de Nacional de Ação de Combate à Desertificação, 32,6 % do território nacional encontra-se em situação degradada, e 60,3% estão em condições razoáveis a boas. A aridez dos solos atinge a totalidade do interior Algarvio e do Alentejo, está a progredir para as zonas do noroeste, tradicionalmente uma das mais pluviosas da Europa, e a aumentar nas zonas do litoral sul e montanhas do Centro.