As preferências dos cidadãos, a governação e a comunicação social
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Francisco Picado é professor na Universidade de Aveiro.
É expectável que a governação tenda a dar resposta às preferências dos cidadãos. É por e para isso que estes manifestam as suas preferências através de escolhas eleitorais, as quais acabam invariavelmente num modelo de governo. Um dos critérios que interfere na escolha dos cidadãos é a forma como estes percecionam os atos de governação, materializados através de políticas públicas. Este processo de avaliação conduz a que, nas urnas, haja uma tendência para "premiar" ou "punir" os governantes pelos seus méritos de governação, reconduzindo-os ou afastando-os do poder. Como estamos no campo da perceção, a comunicação social tem um papel importante na seleção dos assuntos que são colocados na agenda e na forma como estes aparecem aos olhos dos cidadãos. Embora não seja adepto da máxima "quantidade é sinónimo de qualidade", no caso da diversificação e aparecimento de novos órgãos de comunicação, tendo a advogar favoravelmente. Pode ser que no meio de uma maior subjetividade consigamos encontrar uma maior objetividade.