Câmara de Albergaria-a-Velha aprova candidatura do Monte de São Julião a Imóvel de Interesse Público e promove projeto de recuperação

A Câmara de Albergaria-a-Velha aprovou a candidatura do Monte de São Julião à classificação como Imóvel de Interesse Público, dando início a um projeto de "Regeneração Integral e Valorização do Sítio Arqueológico". Após a aprovação na reunião do executivo, a proposta será submetida ao Ministério da Cultura, sob tutela de Margarida Balseiro Lopes, após votação pela Assembleia Municipal.
Já se iniciou a 12.ª campanha de escavações arqueológicas no Monte de São Julião, coordenada pelo Centro de Arqueologia de Arouca. Uma equipa especializada está atualmente a trabalhar na mamoa descoberta na área da Freguesia da Branca, com planos de expandir as escavações a outras zonas do sítio a partir de 7 de julho, incluindo a participação de estagiários da Universidade do Minho e de voluntários.
Desde o início das escavações, retomadas em 2014, têm sido revelados vestígios de ocupação com cerca de três mil anos, datados do final da Idade do Bronze. Foram descobertos restos de estruturas que delimitavam o antigo povoado, além de um monumento funerário megalítico, a mamoa atualmente alvo de investigação arqueológica.
Até ao momento, as campanhas permitiram recolher cerca de 52 mil fragmentos de cerâmica, entre outros materiais, que evidenciam a ocupação contínua do local desde a Pré-História. A classificação do sítio tem como objetivo protegê-lo, promovendo a sua musealização, recuperação das estruturas arqueológicas e requalificação da floresta, com o apoio do Turismo de Portugal. A Câmara está também a desenvolver um projeto para adquirir terrenos na área, valorizando e recuperando o património arqueológico do Monte de São Julião.